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Que salmão comer?

Do Atlântico, do Pacífico ou de aquacultura?

Quer o salmão do Atlântico quer o do Pacífico pertencem à família Salmonidae, mas o salmão do Pacífico pertence ao género Oncorhynchus, enquanto o salmão do Atlântico (Salmo salar) é o maior membro do género Salmo.
O salmão do Atlântico é mais aparentado com certas espécies de truta, como a truta castanha (Salmo trutta), do que com o salmão do Pacífico.
No Pacífico há várias espécies de salmão, mas no Atlântico há apenas uma espécie e os membros dessa espécie são prateados, com grandes manchas pretas espalhadas pelo dorso.
As cinco espécies de salmão do Pacífico são o chamado salmão rosa.
O salmão do Pacífico, como o salmão do Atlântico, é elegante e prateado na sua fase marinha, mas, quando entra na água doce, passa por significativas mudanças físicas.
Os ciclos de vida das populações naturais de salmão do Atlântico e do Pacífico são semelhantes. Ambos passam de um a quatro anos no mar antes de voltar ao rio de água doce onde nasceram para desovar.
Uma grande diferença, no entanto, é que o salmão do Pacífico morre após a desova, mas o salmão do Atlântico nem sempre morre. A desova tem, no entanto, um enorme custo fisiológico e a maioria dos salmões do Atlântico não sobrevive para desovar uma segunda vez.
Qual dos salmões, do Atlântico ou do Pacífico, é mais saudável para comer?
Será melhor comer salmão do Atlântico ou do Pacífico? Em termos nutricionais é praticamente igual. A questão que se coloca, porém, é se será mais saudável o salmão selvagem ou o salmão de cultura

Qual a diferença entre comer salmão selvagem ou de aquacultura?
O salmão é um peixe bom. Tanto o salmão selvagem como o de criação são ricos em Ómega-3, uma gordura com muitos benefícios para a saúde.
O salmão de cultura, no entanto, também tem outras gorduras que podem não ser boas para os humanos, porque concentram a maior parte dos tóxicos provenientes da alimentação e dos tratamentos fito-químicos. Um filete de 200 gramas de salmão selvagem tem 281 calorias, enquanto que um filete igual de salmão de criação contém 412 calorias.
O salmão de cultura tem o dobro da gordura do salmão selvagem e tem três vezes mais gordura saturada.
O salmão selvagem contém mais cálcio, ferro, potássio e zinco e menos sódio do que o salmão de cultura. Dependendo da piscicultura, o salmão de cultura pode ter níveis mais altos de contaminantes do que o salmão selvagem. 
Constitui prática corrente, para o salmão de cultura ficar com a cor parecida ao selvagem, adicionar à ração carotenóides como a astaxantina e a cantaxantina. O mesmo é feito, aliás, para a truta de viveiro, que assume nesse caso o nome de "truta salmonada"... Não há consenso científico sobre a inocuidade desta prática.
A maioria dos especialistas concorda que  devemos preferir o salmão selvagem, apesar do salmão de cultura estar mais disponível, pois pode ser encontrado todo o ano e é geralmente mais barato.
A maior diferença está na toxicidade  e no gosto. O salmão selvagem tem um sabor rico e robusto, enquanto que o salmão de cultura geralmente tem um sabor suave. 

Qual é a diferença?
O salmão do Atlântico é uma truta grande, mas o salmão do Pacífico e o do Atlântico são semelhantes e têm ciclos de vida comparáveis. O salmão do Atlântico não morre necessariamente após a desova, mas o salmão do Pacífico morre sempre após a desova.
O salmão do Atlântico é mais difícil de encontrar, devido a pesca excessiva que dizimou os stocks, mas está em recuperação.




Aspectos ambientais
Hoje em dia, um pouco por todo o mundo, pululam as culturas intensivas de salmão, em que os peixes são criados em espaços confinados, em grande concentração e sobrealimentados.
Da concentração resulta o desenvolvimento de doenças e parasitas em grande escala. Para evitar isso, os produtores submetem os peixes a tratamentos, quer por adição de produtos farmacêuticos nas rações, tais como antibióticos e anti-inflamatórios, quer pela desinfecção das águas com utilização de produtos de toxicidade variável.
Além disso, estas estações de produção intensiva emitem sempre, necessariamente, efluentes carregados de produtos nocivos ao equilíbrio ecológico do ambiente marinho, como os fosfatos de origem metabólica, provocando danos ambientais muito substanciais nos mares próximos dessas estações.

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