Hoje, 22 de Maio, completo dois meses de gráficos sobre o COVID 19. A minha ideia, desde o princípio, foi ajudar a pessoas a acompanhar a evolução da pandemia e proporcionar-lhes alguma perspectiva da evolução futura, mesmo que essa perspectiva fosse mudando um pouco todos os dias. Houve pessoas que me seguiram, outras nem por isso, mas, confesso, gostei do trabalho que fiz, em parte ajudado pelo meu irmão, o Eng. Eurico Rebelo Marques, a quem aqui agradeço. Na travessia desta grande quarentena, entre dados, gráficos e estudos, passei ser dar por isso uma grande parte do tempo. No decurso desta actividade recebi alguns elogios e conheci novas pessoas digitalmente, entre elas esse grande homem, professor, investigador e publicista que é Manuel Villaverde Cabral, que há muito admiro. Tem sido um diálogo enriquecedor e estimulante. Bem haja! Hoje vou dar por terminado este trabalho, talvez por agora, talvez definitivamente, pois já existem várias alternativas de informação e s

Este é um artigo de divulgação sobre algumas iniciativas existentes para repor a verdade dos preços dos produtos alimentares, passando-se a contar, na formação de preços, com os prejuízos sociais e ambientais causados à sociedade como um todo durante a fase de produção. De facto, não parece aceitável, em 2020, que empresas do ramo alimentar provoquem custos sociais e ambientais durante a produção (externalidades negativas) cujo pagamento fica exclusivamente a cargo da comunidade, enquanto que essas empresas contabilizam nos seus custos apenas os factores de produção. Uma fábrica polui um rio, a sociedade paga. Uma empresa agrícola arrasa uma floresta, a sociedade paga. Uma suinicultura degrada uma região, os habitantes pagam. Um olival intensivo é desinfectado perto duma povoação, os habitantes pagam. Um alimento é mau, ou menos bom, para a saúde, a sociedade paga as despesas de tratamento. Consiste, também, numa indesculpável distorção e injustiça, nos tempos que correm, embar